O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora menciona duas
acepções referentes ao termo patologia: pode referir-se, por um lado, à
parte da medicina que estuda as doenças e, por outro, ao conjunto dos
sintomas de uma doença (ao estado de saúde considerado anormal). Neste
sentido, a palavra não deve ser confundida com nosologia, que é a
descrição e a sistematização das doenças.
A patologia é responsável pelo estudo das doenças na sua mais ampla
acepção, nomeadamente os processos anormais de causas conhecidas ou
desconhecidas. Para comprovar a existência de uma doença, é verificada a
existência de uma lesão nos seus níveis estruturais, é evidenciada a
presença de um microorganismo (vírus, bactéria, parasita ou fungo) ou
adverte-se na eventualidade de vir a alterar-se algum dos componentes do
organismo.
Os especialistas em patologia podem dividir-se em patologistas
clínicos ou anatomopatologistas. Os patologistas clínicos
especializam-se no diagnóstico através das análises próprias dos
laboratórios clínicos. Os anatomopatologistas, no que lhes diz respeito,
dedicam-se ao diagnóstico com base na observação morfológica de lesões.
Existem outros conceitos vinculados à patologia, nomeadamente a
etiologia (o estudo das causas das doenças) e a patogenia (a série de
alterações patológicas, à excepção das causas que as originam). A
patogenia pode ser estudada do ponto de vista funcional (tal como faz a
fisiopatologia) ou morfológico (a patologia geral). Ambos
complementam-se para uma melhor compreensão da patogenia.
Deve-se ter em conta que as causas da doença podem ser reconhecidas
pelos métodos da morfopatologia só ocasionalmente. A patologia geral é
uma morfopatologia que consiste no estudo dos aspectos morfológicos da
patogenia.
Disponível em : http://conceito.de/patologia